Quando usar?
O
Guia "BOUGIE”
está indicado nos casos de intubação
difícil, sempre que fatores anatômicos, traumáticos ou
patológicos, não permitam boa visualização das cordas vocais
através de laringoscopia direta.
Antes de proceder às manobras de intubação, verifique se o
Guia “BOUGIE”
pode ser movimentado livremente por dentro do tubo
traqueal (TT) escolhido;
Guia “BOUGIE”
adulto para uso
com tubos endotraqueais 5,5 mm – 10,0 mm
Técnica de uso
Realizar laringoscopia: obter a melhor visualização possível
da abertura glótica.
Inserir o
Guia “BOUGIE”
com a extremidade
angulada “para cima”, que é a conformação mais favorável
para o acesso à glote.
Procure acompanhar visualmente o trajeto da ponta angulada
do guia em seu deslizar por baixo da face posterior da
epiglote ou até que sua passagem através da fenda glótica
seja concluída;
E quando é impossível visualizar as estruturas
laríngeas?
Direcione o segmento angulado distal do
Guia “BOUGIE" “para cima”, na tentativa de que mesmo “às cegas”
este
encontre a abertura glótica e de lá siga para a traqueia.
Se não houver resistência, continue a avançar o guia
mantendo a linha média.
Como saber se o
Guia “BOUGIE"
está na traquéia?
Após o guia ultrapassar a fenda glótica em direção a
traquéia, muitas vezes é possível perceber uma sensação
táctil quando sua ponta toca e em seguida “salta” alguns
anéis traqueais neste trajeto.
A presença deste sinal é um bom indicativo de que a
extremidade distal do guia está bem posicionada na luz
traqueal e assim sendo, o guia deve continuar a ser
cuidadosamente introduzido ainda por mais 15-20 cm para
assegurar que sua ponta esteja bem abaixo da glote.
Ao contrário, caso o guia venha a inadvertidamente penetrar
no esôfago não haverá sensação táctil, uma vez que as lisas
paredes esofágicas não irão oferecer qualquer empecilho à
sua progressão.
Uma vez confirmado o posicionamento do
Guia “BOUGIE" na traquéia,
manter a laringoscopia, enquanto um assistente introduz o TT
escolhido pela extremidade proximal do guia.
Deslizar cuidadosamente o TT sobre o guia até que o TT
ultrapasse a laringe e atinja a luz traqueal.
Se possível, todo o trajeto até a passagem do TT pela
fenda glótica, deve ser acompanhado por laringoscopia.
E se houver resistência à progressão do TT ?
Caso haja alguma resistência à progressão do TT no
vestíbulo da laringe, provavelmente esta se deva ao contato
da ponta biselada do TT contra as cartilagens laríngeas,
mais freqüentemente a aritenóide direita que poderia se
encontrar impactada entre o bisel do TT e o guia. Este
problema é mais comum com TT de maior diâmetro, onde a folga
entre a ponta do TT e o GIT é mais acentuada.
A passagem do TT deve ser sempre suave e nunca
forçada.
Como resolver esta dificuldade?
Havendo resistência, recomenda-se recuar
ligeiramente o TT ao mesmo tempo em que se aplica uma leve
torção anti-horária de 90º (1/4 de volta) para reposicionar
o bisel para baixo. Uma disposição mais
favorável para superar esta dificuldade e com menores
chances de traumatismo às cartilagens laríngeas.
Prosseguir introduzindo o TT neste sentido até que sua ponta
ultrapasse as cartilagens laríngeas, quando então a torção é
desfeita para que o TT retorne à posição anterior com seu
bisel alinhado à fenda glótica (conformação esta mais
favorável para o TT passar por entre as cordas vocais).
Atenção às marcações na haste
do
Guia “BOUGIE"
- importante para a correta inserção do TT.
Uma vez o TT corretamente posicionado, retirar o
Guia “BOUGIE" .
Insuflar o balonete e confirmar a intubação pelos
métodos usuais.
Técnica alternativa para o uso do
Guia “BOUGIE"
Na falta de um assistente, o
Guia “BOUGIE" e o TT podem ser inseridos em conjunto.
Nesta variante
técnica, o guia é previamente introduzido no TT até que parte
de sua extremidade angulada distal esteja aproximadamente 10
cm livres à frente do bisel do TT, enquanto a proximal é
curvada anteriormente e presa junto ao corpo do TT.
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